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Furria Cap. 1

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ZukoVyper's avatar
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Cap. 1 - A Taverna

A porta da taverna se abriu rangendo, deixando uma brisa fria entrar. Os que la estavam viram adentrar alguém que, ainda que não soubesse disso, iria mudar a vida de todos ali...
Ele era alto e esguio. Um lobo de pelagem vermelha comum, que talvez ate passasse despercebido. Mas não este lobo. Trajava uma armadura negra brilhante que contrastava com a capa vermelha arrastada pelo chão. Fechou a porta atrás de si, com novo rangido,  e suspirou como que reconfortado. Trazia uma espada à cintura, e uma pequena bolsa de couro na pata.
Percorrendo com os olhos, viu um ambiente bem típico praquela época: o local era bem iluminado por grandes velas aromáticas. No teto uma grande armação de madeira rústica sustentava a cobertura de palha que impedia – quase sempre – que a neve caísse nos fregueses; estes se sentavam em grandes e pesadas mesas de madeira distribuídas no salão. Um grupo de símios bebia cerveja e ria alto numa delas, jogando cartas. Noutra, um tigre, solitário, não parou sua refeição para ver quem chegava. Dois guaxinins com roupas de camponeses pareciam conspirar, visto que sussurravam:
- Pelos deuses... este lugar não é mais como antes – disse um deles.
- O que foi?
- Veja quem chegou... o lobo ali.
- Quem é ele? Você o conhece?
- Não, mas já ouvi falar dele... é conhecido como o Vyper ou Víbora ... vê a espada? Dizem que seu golpe é mortal como a picada de uma víbora...
- E que diabos ele faz aqui?
- É um caçador de recompensas, deve ter vindo procurar alguém pra mat...– calou-se, tomando um gole de seu vinho, vendo que o Vyper o fitava com olhos carrancudos.
O visitante caminhou entre as mesas ate o balcão do fundo. Sentou-se e disse ao barman:
- Está frio hoje. Me de um Flamejante, por favor. Duplo.
- Flamejante? – disse o barman sem se virar – ninguém bebe mais isso aqui em Fúrria atualmente. Bebida de bárbaros, é isso que é.
- Eu andei por lugares – respondeu calmamente o lobo – em que os bárbaros seriam facilmente considerados cavaleiros da nobreza. Sirva a bebida, por favor.
O barman resmungou algo ininteligível entre os dentes e em poucos minutos virou-se para o lobo trazendo uma caneca fumegante. Ele era uma raposa de pelos todos negros e olhos vermelhos, vestindo uma grande roupa também negra que lembrava um monge. Monge barman? – pensou o lobo, rindo da idéia.
- O forasteiro procura o que por aqui, se é que posso perguntar?
- Trabalho. – respondeu o lobo ao barman, saindo para uma das mesas. Foi só então que notou um pequeno palco no fundo, ao lado do balcão, onde uma raposinha de pelos cinzentos, com tons de rosa no cabelo e na cauda, dançava sensualmente, mas sem platéia. Vestida com sedas que valorizavam suas formas arredondadas, usava uma grande jóia no pescoço. Presente de algum namorado – pensou Vyper enquanto se sentava em frente ao palco e sorvia da caneca.
A bebida quente trouxe conforto ao lobo, que observava a dança da atraente raposinha. Mas o conforto e a dança foram bruscamente interrompidos por um grito vindo de fora da taverna:
- SAIA REDFANG!!
(continua...)
Primeiro capítulo da Saga de Fúrria. Dedicado a meus amigos Furry do Second Life!
© 2010 - 2024 ZukoVyper
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jlfurry's avatar
Muito bom Zuko!