Entrei no teu olho,
Escuridão a beira da entrada,
A inexatidão acolho,
No caminhar solitário na estrada.
No topo da tristeza, amargura,
O negrume tomou conta de ti,
Culpa minha deixei-te insegura,
Por mim, um fraco meliante.
Corrompi a ti diante da cruz,
E na saída deixo-te por açoitar,
Desliguei o interruptor daquela luz,
Na escuridão do nosso fitar.
Permita-me ser tua luz
Teu farol
Que pelas altas marés
Lhe conduz
Permita-me o teu dia
Iluminar
E mostrar
O calor de meu olhar
Deixa-me também
Ser tua escuridão
Que nos tempos mais difíceis
Lhe traz compaixão