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Literature Text
Um dia fui parar em Londres
Daquelas que temos na imaginação
Cheia de névoas e edifícios clássicos
Edifícios que parecem castelos --como são mesmo, eu vi!
Meus óculos ficaram embaçados com esse fog, essa neblina
Eu tentei limpar, mas não consegui.
Limpei muitas vezes, mas meus descolados óculos
Azul e laranja
Não paravam de embaçar.
Eu me lembrei que na infância,
Antes dos meus 12 anos,
Óculos não usava não.
Assim, fui depois parar na papelaria,
Daquelas da infância,
Onde a gente compra todo tipo de papel que a professora pede
Pras atividades de escola.
Eu moleque como era (e precisa ser uma criança)
Fui correndo na frente do vendedor
Derrubei a estante de papéis
E o celofane transparente caiu sobre mim também.
Assim, equipado pras minhas artes,
Não tive dúvidas, só faltava
Um doce ar de natureza.
É assim que o doce das abelhas me atraiu.
Favos de mel: é só o que vejo agora.
Natureza não existe
Só em florestas e campinas e montanhas
Minha natureza: é ser diferente
Em tudo o que puder.
É isso o que me faz autêntico,
Até uma brincadeira fora do lugar.
Nunca fui de me divertir tanto
Com jogos do tempo do papai e do vovô
Livro TV e videogame era meu costume
Em tempo de criança.
Pipa, onde está?
Voou, voou.
Bolas, onde estão?
Rolaram, rolaram.
Mas tudo para bem longe da minha mão.
Um homem no entanto não pode ficar sem
Certos instrumentos que o compõem assim.
A bola de gude que eu joguei fora
E que aparecia só em livros de história
Voltou pra bem perto de minha mente.
Sem saber como ela voltou, ou talvez estivesse sempre lá.
Como se querendo que eu lembrasse
Do meu destino de criança sapeca
Que precisa brincar até virar adulto
E não perder graça e vontade de rir.
Natureza não existe
Só em florestas e campinas e montanhas
Minha natureza: é ser diferente
Em tudo o que puder.
É isso o que me faz autêntico,
Até uma brincadeira fora do lugar.
Daquelas que temos na imaginação
Cheia de névoas e edifícios clássicos
Edifícios que parecem castelos --como são mesmo, eu vi!
Meus óculos ficaram embaçados com esse fog, essa neblina
Eu tentei limpar, mas não consegui.
Limpei muitas vezes, mas meus descolados óculos
Azul e laranja
Não paravam de embaçar.
Eu me lembrei que na infância,
Antes dos meus 12 anos,
Óculos não usava não.
Assim, fui depois parar na papelaria,
Daquelas da infância,
Onde a gente compra todo tipo de papel que a professora pede
Pras atividades de escola.
Eu moleque como era (e precisa ser uma criança)
Fui correndo na frente do vendedor
Derrubei a estante de papéis
E o celofane transparente caiu sobre mim também.
Assim, equipado pras minhas artes,
Não tive dúvidas, só faltava
Um doce ar de natureza.
É assim que o doce das abelhas me atraiu.
Favos de mel: é só o que vejo agora.
Natureza não existe
Só em florestas e campinas e montanhas
Minha natureza: é ser diferente
Em tudo o que puder.
É isso o que me faz autêntico,
Até uma brincadeira fora do lugar.
Nunca fui de me divertir tanto
Com jogos do tempo do papai e do vovô
Livro TV e videogame era meu costume
Em tempo de criança.
Pipa, onde está?
Voou, voou.
Bolas, onde estão?
Rolaram, rolaram.
Mas tudo para bem longe da minha mão.
Um homem no entanto não pode ficar sem
Certos instrumentos que o compõem assim.
A bola de gude que eu joguei fora
E que aparecia só em livros de história
Voltou pra bem perto de minha mente.
Sem saber como ela voltou, ou talvez estivesse sempre lá.
Como se querendo que eu lembrasse
Do meu destino de criança sapeca
Que precisa brincar até virar adulto
E não perder graça e vontade de rir.
Natureza não existe
Só em florestas e campinas e montanhas
Minha natureza: é ser diferente
Em tudo o que puder.
É isso o que me faz autêntico,
Até uma brincadeira fora do lugar.
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Poema publicado originalmente em 24 de abril de 2010, no blog mauricio-kanno.blogspot.com.
É referente ao início dos sintomas de uma rara doença, que começou a se manifestar naquele ano. Ela afeta o nervo óptico, embaçando a visão, e tem origem em mutação genética. Ao mesmo tempo, um cisto (diagnosticado a princípio como um tumor esférico) foi encontrado comprimindo o nervo óptico.
Aqui tem a gravação de uma leitura minha do poema: [link]
E este outro texto foi escrito um mês depois:
English version
Outras peças literárias
Obras visuais de destaque
É referente ao início dos sintomas de uma rara doença, que começou a se manifestar naquele ano. Ela afeta o nervo óptico, embaçando a visão, e tem origem em mutação genética. Ao mesmo tempo, um cisto (diagnosticado a princípio como um tumor esférico) foi encontrado comprimindo o nervo óptico.
Aqui tem a gravação de uma leitura minha do poema: [link]
E este outro texto foi escrito um mês depois:
Soneto Apos Cirurgia Viva, acordei! Não é milagre a vida?
Cruzei oceanos até o outro lado
Deste mundo fascinante e sem saída!
(Menos foguete e espiritualizado!)
Escalei o Monte Fuji até o alto,
Ganhei túnica de amigo afegão,
Conheci galera da favela
Até o Lula apertou a minha mão...
Fui peão de fábrica e professor,
Jornalista, pra o mundo conhecer!
Busco experiências de vida e amor.
Ah, mas faltava o hospital pra aprender
Mortalidade, serenidade, espiritualidade
Por desafios tão corporais como lazer!
English version
Playing marbles Once, I´ve ended in London
The kind we have on imagination
Full of mists and classic buildings
Buildings which look like castles – as they really are, I saw!
My glasses became dimmed with that fog, that haze
I did make my efforts to clean it, but I couldn´t.
I´ve tried a lot this cleaning, but my stylish glasses
Blue and orange
Keep dimming.
And a childhood remembrance came to me
Before I was 12-year-old
Glasses I didn´t need to use
And I got to the stationery shop,
One of our school times
Where we buy every kind of stuff
That teacher is always asking us
Little kid as I were,
Got hurry before the se
Outras peças literárias
Poesia eh espirito Por um tempo perguntei:
Que é poesia? Pra que serve?
E arte, no geral?
Tem critério certo pra escolher, qual é da melhor de boa?
Parece que não tem nada a ver, mas pior ainda era questionar coisas da tal "espiritualidade".
Mas é besteira engaiolar passarinho pensador,
Naturalmenre voador.
Só posso confessar da minha própria voadora arte-poesia,
De missão vital.
Profundamente eu, é ela que espiritualiza minha vida,
Transforma fatos bestas e fatos barulhentos que nem sempre têm importância pra você
(Mas têm pra mim)
No filme de ação transcendental em que eu q
Poema Monetario Tem coisa que parece mais antipoética que dinheiro?
Mas uma carteira é extremamente poetica.
(Quantas dúvidas!)
Dinheiro é força cósmica imaterial.
Economia é arte da felicidade.
Por mais que aquelas notas numeradas e metálicas pareçam tão materiais.
Dinheiro só mostra
Impulsos daqui de dentro
Seja de fome, de gula, tão ansiosa
Seja de um brilho repentino que vem do brinco, do chocolate, do shopping
Do curso de arte, do cinema, do celular
Expectativa
Eterno dilema,
Vaporizar com prazeres delícias presentes agora já
Construir habitar montar viajar futuro tã
Obras visuais de destaque
Comments10
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bem interessante!